Vila Lobos, 15/03

|
A nossa saída de hoje (minha e do Caio) começou antes de chegar ao parque, enquanto nos confundíamos com as baldeações dos trens, o que descobrimos mais tarde ser desnecessário, porque poderíamos ter tomado um ônibus.
Ao descer na estação Jaguaré, encontramos a primeira personagem do nosso dia, Anita, uma mulher que trabalha na limpeza do Carrefour em frente a uma das entradas do parque. Anita nos disse: "eu estou indo trabalhar" e eu respondi "Ah, nós também, de certa forma", a resposta foi o que não esperávamos: "Na verdade a gente nunca descansa, né? Estamos sempre trabalhando! Passear é só modo de dizer!"
Encontramos com Sílvia, já dentro do parque e Priscila logo depois. Procuramos um banheiro para nos trocarmos e custamos a encontrar um. Quando entramos, o banheiro estava em um estado que nos dificultou muito a troca de roupa.
Albuquerque e Alfonso saíram, para encontrar Olga e uma moça que ainda não tinha um nome.
Por uma espécie de sorte que só conheço quando estou usando a máscara, logo que saímos, uma mulher, de uniforme do parque, que andava de bicicleta parou para conversar conosco e logo perguntou nossos nomes. De novo demorei a convencer que meu nome era Albuquerque, e não sobrenome, depois de respondermos nossos nomes, dissemos que Priscila ainda não tinha nome, e pedimos uma sugestão. Ela olhou a figura de cima a baixo e disse: "Flor de Lis!". Eu afrancesei o nome para Fleur de Lis, e assim chamamos a Fleur, até o fim do dia.
Tivemos um grande problema com nossas mochilas, uma das pessoas que esperávamos que fosse não foi, e era o único que teria um carro onde pudéssemos guardar as mochilas enquanto estávamos no parque. Tentamos a administração do parque que nos tratou de muito má vontade, e com grandes problemas de concordância, então a gente não pudemos guardar as mochilas e tivemos que levá-las conosco, o que era um problema pra nós, mas que foi contornado como possível.
Muita coisa aconteceu no parque, hoje estavamos com as energias mais altas, mantendo os jogos e mais atentos.
Mesmo assim, em muitas situações fechamos os jogos entre nós, esquecendo de abrir para o público, ficávamos muito tempo nas nossas propostas, sem ver o que acontecia em volta, mas voltávamos a olhar, assim que percebíamos.
Particularmente, eu me achei muito propositivo, preciso controlar essas energias, como muitos já me disseram, é algo para eu trabalhar.
Os pontos altos da saída de hoje foram, certamente, um sapo que Olga encontrou entre umas folhas, enquanto Alfonso, Albuquerque e Fleur gritavam e corriam de medo várias pessoas paravam para olhar o que acontecia, e nós nos divertimos com a situação, e com a cumplicidade de quem estava lá, depois disso, fizemos um desfile para uma moça que estava sentada num banco e queria "nos ver", levamos a idéia ao pé da letra e desfilamos no meio de uma rua do parque.
O terceiro momento, devemos à uma outra figurinha que encontramos pelo caminho. Mojdeh (ou Mojdh, nunca saberei), uma garotinha que propôs várias brincadeiras, o que acabou numa Orquestra regida por Albuquerque, com Alfonso tocando gaita, Olga tocando chaves, duas crianças tocando apitos e Mojdeh e uma outra menina tocando patinete.
Quando o vento ficou mais forte e as nuvens mais escuras, decidimos ir embora, procuramos um banheiro próximo de onde estávamos e não encontramos, mas um funcionário muito simpático do parque, coisa difícil de encontrar, nos permitiu usar um banheiro que ainda estava em construção, só para nos trocarmos.
Como eu disse semana passada, são experiências fantásticas, e um caminho longo a percorrer.
O que importa é querer percorrer esse caminho, e o percorrermos juntos.

1 comentários:

luuu disse...

Tem um parquinho aqui perto de casa.. quem sabe vocês não aparecem aqui qualquer dia??

Postar um comentário