Vila Lobos, Parque

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Recebi o convite para o Domingo via Orkut e fiquei empolgada, pois há bastante tempo venho colocando pilha pra acontecer uma saída que ainda não tinha dado certo pra todo mundo. Pensei, será que vai rolar mesmo?? Torcendo para que sim abri o orkut pra ver se haviam respostas e a Silvia havia acabado de escrever que todos estavam confirmadíssimos. Oba!!!! Tirei a minha roupa, coloquei meu nariz e abri o guarda roupas pra ver o que ia usar, eu precisava adaptar meu figurino para pegar metrô, não queria levar mochila pois não teria onde guardar, imaginei. Essencializei o que vesti na última saída e fui feliz para o metrô, vestida com um tubinho preto encurtado por uma faixa, sapato boneca com meias listradas, colar de pérolas e bolsinha de festa... como se estivesse com a roupa mais imperceptível do mundo segui viagem até o Parque Vila Lobos. Viagem mesmo, cheguei lá em duas horas, dava pra ter ido até Minas. (Na volta descobri que poderia ter ido até o metro Vila Madalena e lá pegaria o bus Rio Pequeno e reduziria o tempo pela metade). Ok. Cheguei lá e eles estavam me esperando para se trocarem, todos com mochilas. Depois de muuuito andar achamos um banheiro "fididinnn"mas tinha espelho pra prender o cabelo. De repente saiu Olga (entrou Silvia e saiu Olga), na porta encontrei Albuquerque e Alfonso (este pela primeira vez). Delícia, vamos passear!!!
Uma moça que trabalha no parque perguntou como era o nome de cada um , saí de fininho pois ainda não tinha um, e escutei o Albuquerque falando: "aquela alí não tem nome" Voltei assumindo a situação. E nesse momento ela sugeriu com a boca cheia e tamanha convicção que na hora rolou o primeiro momento onde parecia que o tempo congelou um instante para todos nós: Flor de Lis!!! Uau, gostei. Albuquerque descongelou e disse: Fleur de Lis. Isso. Pronto, ganhei meu primeiro presente. Saindo dali Albuquerque viu que meu nariz estava apertado e me disse que tinha um de látex. Fui atrás de uma árvore fazer um transplante e os três ficaram fazendo um muro para que ninguém visse. Uau uau uau!!! Não tem como descrever a sensação! A Palhaça aqui nunca tinha usado um nariz de látex, não imaginava o quão diferente é em relação ao de plasticao duro!!! Liberdade para meu naso, preciso de um desses Urgente!!!

Começamos o nosso passeio. A primeira tarefa era encontrar um local para guardar as mochilas. Procuramos à administração, e encontramos a base dos seguranças. Após esperarmos um pouco o chefe deles veio com a resposta: "A gente não podemos guardar pertences de ninguém". Ok, então "a gente carreguemos" até achar alguém que possa. Pensamos na base da polícia que era ao lado, mas desistimos.
Andamos um bom tempo passando pelas pessoas, elas olhavam, diziam olá, alguns queriam o nariz, outros sorriam... e nós passeávamos. Chegamos em uma casa de cupim gigante e lá aconteceu o primeiro jogo, uma espécie de quem tem coragem de entrar lá dentro?? Albuquerque e depois Alfonso entraram estimulados pela torcida de Olga e Fleur. Jogamos pra gente mesmo, um garoto e um casal apareceram. Mais adiante ouro casal jogava dama com pedras grandes e pedras pequenas. Fantástico aquilo, ficamos ali observando o jogo. Eu não falei nada pq não estava entendendo nada, realmente fiquei olhando as pedras! Gostei da finalização do Alfonso, deixando a pedrona pra eles continuarem depois.
Pensamos em pendurar as mochilas nas árvores... entramos na "floresta" e curtimos demais o ato de desbravar a floresta e fugir dos "animais silvestres"... Comentamos no final que foi uma pena não ter público ali, que o bacana é "dar essas viajadas" com gente por perto... Chegamos à civilização e as pessoas perguntavam "Onde vai ser o teatro?" Teatro?? Vai ter teatro?? Respondíamos surpresos. eDisso surgiram pequenas conversas desconversadas, finalizadas com uma risada ou saída pela esquerda.
Cruzamos dois rapazes que estavam em um banco meio escondidinhos fazendo arte e resolvemos nos disfarçar de árvores para passar perto deles várias vezes. Fomos buscar nossos disfarces na floresta e Olga encontrou um sapo embaixo de uma lasca de coqueiro. Perto do sapo havia um casal deitado em uma mesa e Fleur teve um impulso não contido de fazer o sapo pular até o casal. Pegou um coquinho seco e arremessou no sapo. (calma não ia machucar, o coquinho era muito leve) . Ele pulou para o outro lado.Olga ficou brava. Mas Fleur estava feliz e não ia machucá-lo, só queria ve-lo pular. Lançou outro coquinho mas o sapo foi pra outro lado. De repente haviam muitas pessoas na floresta observando o sapo... e quando voltamos os rapazes já não estavam mais no banco. Civilização.Rolou o desfile que o Gabriel comentou e eu compartilho a mesma opinião, baixou a energia. Não foi bom.
Estávamos sedentos e não sabíamos onde beber água. Acho que o Albuquerque pediu e uma cara deu uma garrafinha, que lindo né. Estavam em um quiosque, e ao lado estavam umas quatro pessoas. Começaram a dizer que nosso nariz ia ficar branco e nosso corpo listrado por causa do Sol. Olga perguntou se tinham protetor, e um deles, um Japinha, foi buscar um Sundowm e emprestou pra ela e pra quem quisesse. Que lindo de novo!!! Essas coisas que acontecessem quando estamos com máscara me comovem. O nariz abre espaço entre as pessoas... Agradecemos e fomos seguindo em busca da água. Um casal parou e nos deu mais uma garrafa. Dessa vez só perguntamos aonde tinha bebedouro. Fomos parar na pista de patins, e de repente Albuquerque estava com o controle remoto de um carrinho que levava uma bebezinha de uns oito meses dentro. Fomos todos ver aonde ele ia levar a menina. "Vou fazer baliza!!!" Fleur e Olga se posicioanaram e Albuquerque fez a baliza. "Sai a baliza" Alfonso finalizou bem, puxando a baliza Fleur pra fora. Rumo ao bebedouro, um cara quebrava um coco, Albuquerque o abordou e fomos chegando. Estava difícil quebrar o coco e demos uma força. Albuquerque, Alfonso e o dono do coco puxavam, Olga e Fleur faziam o apoio moral, gritando "Força!!! Mais!!! Vai, vai!!! Depois de algumas tentativas e quedas conseguiram. Olhei ao redor e muita gente estava participando da "quebra do coco" olhando e se divertindo.
Avistamos o bebedouro e uma daquelas placas que soltam aguinha. Felicidade!!! Um bom tempo nos refrescamos ali. Rolaram muitas conversas com as crianças que estavam na fila, ah e fotos também. Parquinho a vista!!! Vamos brincar!!
Tinha fila em tudo, mas, de repente o céu que já estava escuro, ficou muito escuro, começou a ventar forte, bem forte, uns poucos pingos caíram e todas as filas sumiram. Foi o tempo de subirmos na ponte que era escorregador e descer escorrengando. A fila voltou, o ventou parou e continuamos o passeio. Veio uma menina na nossa frente, a Mojde... tudo começou quando dizia que seu nome era muito difícil, era do Irã. Começaram a surgir crianças ali, de repente estávamos em roda com umas seis crianças tocando apito, patinete e palmas enquanto o Alfonso tocava gaita e Olga chaves sob a regência de Albuquerque. Mais gente, crianças e adultos e havia uma roda bem grande formada ali em poucos minutos. Que vontade de ter coisas pra apresentar além da improvisação que rolou! Eu estava ali nas palmas olhando a reação da roda e feliz por estar ali naquele momento com uma galera acreditando que tocava junto, mesmo que não saísse música alguma. A concentração era de uma orquestra!!! A brincadeira foi de fato contagiante. Como comentamos no final, faltou a finalização no alto, esperamos baixar e a roda disfazer. Poderíamos sair no auge. Ajustes para as próximas.
Resolvemos ir embora e felizmente uma pessoa gentil deixou usarmos o banheiro que estava em obras, caso contrario teríamos que andar mais trocentos quilometros... os pés já estavam cansados, a fome era geral e a gente já estava na porta de saída...

Palhaços adorei essa saída!!! Pra mim foi a primeira de muita coisa que está por vir, escolhemos percorrer esse caminho, então vamos!!!

Ahh, esqueci do Salgueiro. Foi o segundo instante em que o tempo congelou pra mim.

Ali enquanto pousávamos de árvore para a foto daquela mãe. Albuquerque dizia "Árvore 1", Árvore 2, Árvore 3, e mudavamos os movimentos, Teve a segunda foto e de novo o mesmo jogo, de repente ele disse "Salgueiro" e aí senti a conexão dos quatro, como se o tempo parasse levantamos todos os braços acreditando sermos um salgueiro. Vocês sabem do que estou falando.

Achei bom isso de ter alguém propondo, no caso o Albuquerque / Gabriel. É aquilo que conversamos no final, se isso te incomoda e vc quer experimentar pra ver outras possibilidades bacana, mas se curte porque não pode propor? Várias coisas que rolaram foram ocasionadas pelas propostas, não sei dizer se isso é bom ou ruim, mas nesse dia 15/03 no Vila Lobos foi bom, bem divertido e rico de sensações pra mim.

Falando em coisa ruim "Olha o palhacinho" foi a pior coisa que ouvi nesse dia.

Palhacinho é a fghejrtzgsfsgvd !!@*&??t5###55¨&5fdv gd gluRIU!!!!!


Arrivederci Palhaços!!!

1 comentários:

Gabriel Caropreso disse...

po, várias coisas que eu não lembrava
valeu pri!

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