VILA LOBOS , um banheiro a cada mil quilômetros.

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Domingo de sol, calor, poucas horas de sono...quem mandou sair no sábado, agora aquenta guria! Cheguei no parque tentando conectar-me com a minha pessoa, encontrei com o Caio e o Gabriel que estavam ali perto de um showzinho de MPB, legal...mas precisamos seguir nossa missão! Um pouco depois encontramos com a Priscila, perto da onde alugam bicicletas. Dali, fomos em busca do banheiro mais próximo...pura ilusão, muitos quilômetros depois achamos um banheiro sujo! Sim, era um domingo e fazia calor, Alfonso, Albuquerque, um ser desnomeado (só por alguns momentos) e Olga, foram fazer um passeio no parque. A mulher que passava com sua bicicleta equipada olhou para aquelas 4 figuras e estabeleceu um primeiro contato. Dissemos que aquele parque era muito grande ao que ela respondeu “grande nada, eu já to achando até pequeno!”. Indagou nossos nomes e no caso de nossa amiga desnomeada, a mulher e sua bicicleta lhe deram um presente: o nome Flor de Lis, que logo foi rebatizado de Fleur de Liz por Afonso, o homem que sabe das coisas. Seguimos viagem desbravando uma mata silvestre e fomos parar em uma rua onde muitas pessoas nos olhavam, curiosas, envergonhadas, desviando o olhar, falando com a gente...enfim tinha de tudo. Encontramos um cupinzeiro gigante e...oh meu deus, pensei comigo, será que encontraremos cupins gigantes? Para nossa sorte não, mas Albuquerque e Alfonso num ato de coragem entraram lá naquele buraco escuro e encontraram uma aranha feroz. Fleur e Olga torciam por seus amigos valentes, junto com os passantes que paravam para olhar
Mais adiante, sempre em busca de onde colocar nossa bagagem, encontramos um casal jogando um jogo muito difícil de entender com pedras, pequenas e grandes. Foi um ato muito bonito do Alfonso quando deu de presente para o casal uma pedra gigante para eles jogarem aquele jogo para sempre. Ao passar por dois garotos sentimos um aroma diferente... alertamos eles e pensamos em aparecer varias vezes na frente deles para ver a reação, mas...enquanto procurávamos disfarces, Olga achou um sapo! Ahhhhhh, um casal na minha frente que estava deitado numa mesa olhou assustado e logo meus três amigos vieram ver o que era, Fleur foi meio violenta com o sapo, mas afinal não aconteceu nada com ele, elá só queria que ele saltasse, agora eu sei disso. De repente olhamos ao redor e muitas pessoas estavam olhando para nós, nossa nos sentimos bem olhados... E falando em ser olhados, uau, fizemos um desfile para...uma pessoa! Bom, logo perdemos um pouco o foco e...as coisas vem e vão, é pra gente aprender mesmo. Mais pra frente tinha um pessoal nuns quiosques e foi muito agradável ficar ali com eles, o Albuquerque pra variar estava pedindo água pra galera. Eu pedi um protetor já que todos diziam que era melhor a gente usar. Ai, muito legal aquele cheiro de praia! E de repente estávamos falando com todos ali e todos falavam com a gente e sabe, eu fico pensando... isso é fantástico, por que quando estamos de nariz podemos fazer coisas que normalmente não fazemos e as pessoas também nos dão uma liberdade maior pois vêem que estamos com o nariz e isso permite a gente ser um pouco fora do normal. E é bom ver que as pessoas gostam disso, de falar com a gente e as pessoas vão se falando entre elas também, se conhecendo... De repente ta todo mundo junto interagindo, isso é muito bonito!
Bom, teve a hora em que nos refrescamos junto com as crianças e foi um momento muito especial, as crianças são fantásticas e muito sinceras, se elas gostam do que você está fazendo elas ficam lá olhando, participando, se não...elas viram e vão embora. È muito bom ter esse retorno pra gente ir sacando se o que estamos fazendo está repercutindo de forma positiva, se estamos propondo jogo.
Depois veio um vendaval tremendo, que descabelou o parque inteiro e depois disso um momento mágico: a orquestra que a Priscila e o Gabriel já bem descreveram aqui em baixo, foi fantástico, as crianças jogando, os pais olhando quase indo tocar alguma coisa também. È faltou o “gran finalle” como conversamos depois, o desafio é sair em alta. Ah, quase me esqueci, mas isso é inesquecível: o episódio da quebra do coco, sensacional! Realmente o pessoal gostou de ver o coco sendo quebrado! Ta vendo, essas simples coisas da vida... já valeu a pena ter nascido! Perto do fim do passeio, Olga e Fleur encontraram um motorista e sue veiculo estacionado em um lugar impróprio, quase aplicaram uma multa e a Fleur quase foi embora com o menino gente! Aiaiai. Por fim, graças a uma boa alma pudemos nos trocar em um lugar escondidinho, perto de uma construção, e não tivemos que andar mais mil quilômetros até o banheiro sujo.
Ufa, foi mais uma aventura, muita coisa pra digerir, pra mudar, outras para manter, desafios? Sempreeeeeee!
Incrível mesmo são as pessoas!

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