Dessa vez, fomos eu (Sílvia), o Caio e o Gabriel, deixo agora Olga com a palavra.
Nos encontramos, Alfonso, Albuquerque e eu no parque e iniciamos nosso passeio com um brinde com as aguas que o galanteador Albuquerque gentilmente tinha levado para nós. Ah, não, antes disso encontramos a Maria, na porta do banheiro público e proseamos um pouco. Logo adiante fomos confundidos e identificados, tudo ao mesmo tempo, por um casal simpático, que jurava que tinha nos visto em algum SESC ou no parque da Agua Branca, ao que Albuquerque exclareceu as coisas, dizendo que ele estivera realmente no parque da Agua Branca, já seus amigos tinham faltado com ele neste dia...Bom, mudando de assunto, logo à diante chamou-nos a atenção uma feira meio ecológica, em que havia brinde de tudo e um bebedouro do futuro de onde não saia agua nenhuma. Ah, antes disso, ocorreram alguns fatos que são dignos de nota. Um grupo de joven garotas ensaiava uma apresentação de dança (algo de dança contemporânea, conceitual, moderna, tudo junto misturado). Foi um experiencia sem dúvida extraordinária. Um momento de liberdade corporal total, uma entrega, uma comunhão, onde nós fomos por um momento uma coisa só enquanto compunhamos a coreografia com as garotas.
Mais pra frente escutamos um pouco o som das paredes de concreto do museu afro, com alguns pequenos seres e outros maiores. Precisávamos nos livrar de nossa bagagem excedente, que na verdade nem eram nossas, entramos no museu para deixar nos armário, dai veio a burocracia atrapalhar nossos planos, não deixaram de jeito nehum guardarmos nossas coisas lá pra continuar o passeio no parque, só se ficassemos ali, vendo a exposição, coisa que de fato não queriamos com aquele dia lindo que fazia la fora! Fazer o que? Gente chata, é gente chata e pronto. Seguimos o nosso caminho. Claro eu sei, as pessoas ali só cumpriam ordens e bláb
láblá, o mundo é muito louco mesmo... exaltados fomos lá pra fora e ficamos ali esperando um taxi ecológico, quando finalmente chegou a nossa vez...gente, que louco!!! O motorista Gabriel nos pegou no ponto, subimos, pegamos nossos instrumentos musicais e começamos um som assim, despretencioso, que tinha a ver com o momento, e o taxi foi andando e a gente tocando, e as pessoas nos olhando e sorrindo e começavam a seguir o taxi, e isso foi fazendo a gente gostar mais e mais de estar ali. Gente, foi lindo eu me senti muito bem ali, naquele taxi ecológico, que na verdade era uma bicicleta, mas isso não vem ao caso, e as pessoas iam olhando e a gente olhava também, por que afinal temos olhos, não é? E o motorista Gabriel começou a tocar com a gente, ele toca buzina muito bem, e eu sinto que ele gostou muito da gente e a gente também gostou muito dele. No caminho do taxi, ganhamos muitos brindes, canetas, adesivos, etc, e gente só pra lembrar hem: agora é pra fazer xixi no banho!!! Eu particularmente adorei ser fotografada durante todo o nosso passeio, principalmente pelos rapazes, mas enfim isso agora não vem ao caso...muitas pessoas viham tirar foto com a gente, foi uma loucura, vou começar a cobrar por isso!
Ahhh, conhecemos muitas coisas interessantes, pessoas distribuindo mudas de plantas, muitas mudas de palmito. Uns bancos e cadeiras feitos de pneu, nos quais crianças pulavam feito cama elástica, bom, eu não pude deixar de experimentar como era pular num desses, incrível gente!
Bom, depois fomos atrás de uma tal Juçara que estava distribuindo um suco, eu e Alfonso fomos nesta missão, mas chegando lá nos deram um mísero copinho com meia dose de suco de Açai, e nem existia Juçara nenhuma, um absurdo! Bom, a gente tomou até porque estava muito bom e eu adoro Açai. Ah, o Alfonso quase comprou pra mim um colar verde, muito bonito, mas ele nunca tem dinheiro, então ele não comprou! mas tiramos umas fotos com ele e foi divertido. Ah, lembrei de algo muito bom. Descobrimos que no colete cor de caramelo do Albuquerque existe um botão secreto, que quando a gente aperta o Albuquerque fica congelado!!! Isso ainda irá nos render muitos frutos...
Mas voltando, pra onde mesmo? Ah, a feira. Bom, então ficamos ali os três, bisbilhotando na feira, o Albuquerque chavecando, não chavecando não, galanteando, porque ele é muito chic, um galã mesmo, enfim ele ficou seduzindo as mocinhas do parque enquanto eu e Alfonso nos divertíamos absurdamente na feira com as pessoas e coisas, adorei!
Fomos ficando cansados e decidimos que era a hora de partir. Antes disso, dividimos em três um chiclete de melancia que eu ganhei do senhor que vendia umas guloseimas, e que depois o Alfonso bizarramente conseguiu deixar cair da própria boca! Ah, encontaramos um cachorro que combinava muito com Albuquerque, tudo caramelo. Gente, o Albuquerque me lembra muito um caramelo, tipo aqueles toffles, mas enfim...Ah e por último encontramos um palco ambulante, que era tipo um caminhão, com umas pessoas e uma moça que escrevia muito no leptop. Bom, fomos seguindo em direção ao fim e finalmente chegamos. Nos despedimos e cada um seguiu o seu caminho, antes do fim de tudo encontrei Maria novamente, depois, o fim.
Eu, o Caio e o Gabriel, como de costume, conversamos sobre a saída. Foi muito bom, compartinhamos momentos marcantes, estado interno, contato com as pessoas, dividimos como havia sido para cada um, como cada um estava no dia. Achei que meu novo (ainda em construção) figurino me ajudou muito, acho que pode ser um bom caminho. Achei também que foi a melhor saída que já fiz, a mais espontanea, sincera, a mais fluída e acima de tudo a que me deu mais prazer até agora!
Eu gosto muito de nossos passeios, mesmo nos dias em que eles para mim não são tão bons. E mais que tudo gosto muito dos meus companheiros. E é assim: cada dia uma coisa, cada dia um está mais assim, o outro mais assado, mas estamos juntos, sempre!
Valeu meninos!